3 de agosto de 2011

Educação à Distância: possibilidades e limites (artigo)

            Atualmente muito se discute a respeito da qualificação da educação brasileira; e de modelos educacionais que supram as exigências do mercado e do mundo contemporâneo. Sabe-se que a educação qualitativa está prevista em nossas legislações (Constituição Federal de 1988 ou Constituição Cidadã), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), que a mesma, vem ao encontro do crescimento ético-profissional do cidadão, e que prioriza a evolução e a formação completa do ser. Por ser assim, desencadeou-se a preocupação em manter estruturas educacionais igualitárias, isto é, acessíveis a todos. Entre essas estruturas educacionais supracitadas, está a educação à distância, que pode nos proporcionar tanto várias possibilidades quanto alguns limites.
            Apenas o modelo tradicional de educação (presencial), mostrou-se pouco eficiente para as demandas do momento, isto é, não minimizou a presença da evasão escolar que era crescente, e entre seus principais fatores estavam: abandono dos alunos para seguir apenas a vida profissional, conteúdos defasados em relação à realidade dos discentes, docentes pouco qualificados e sem formação continuada, baixa remuneração aos professores, aulas pouco dinâmicas, didática ultrapassada, escolas pouco atrativas e desestruturadas, ou seja, havia um ciclo vicioso que fazia com que cada vez mais alunos abandonassem as salas de aula. Era preciso mudar esse panorama; por isso, o sistema educacional precisou adequar-se às novas necessidades, e uma das medidas adotadas, foi a educação à distância, que caminha concomitantemente à globalização, aos avanços tecnológicos, e principalmente às mudanças de ideais da população e consequentemente, às novas exigências do mercado de trabalho brasileiro.
            A educação à distância é bastante favorável aos alunos que não podem frequentar as aulas presenciais (sendo um bom instrumento a ser utilizado contra a evasão escolar), e tem sido a opção até mesmo daqueles que tem tempo para as aulas presenciais e, no entanto, optam por estudar à distância; uma vez que ela pode gerar as seguintes possibilidades: estudo no tempo determinado por si mesmo, tutoria atuante e de fácil acesso a qualquer momento, redução de custo como alimentação e transporte, método de estudo para os universitários que moram distantes dos centros urbanos e que não têm acesso às instituições educacionais nas proximidades, já que os pólos das universidades que fazem parte desse pool predominam em diversas localidades.
            Porém, o sistema educacional à distância deve ser bem organizado, posto que, caso contrário, ele poderá gerar alguns limites como: distanciamento da vivência universitária, limitação na relação professor-aluno, pouca dedicação dos alunos ao material e aos exercícios indicados, ausência da procura por outras bibliografias, dificuldades em lidar com as novas tecnologias, e má administração do tempo para estudar.
            O estudo à distância é oriundo de governos recentes, e certamente é um ganho para a evolução educacional do país. Portanto sua gestão deve ser presente a fim de aparar arestas já diagnosticadas acima, de forma a não levar nenhum prejuízo ao corpo escolar e desta forma, permanecer eficaz e vitoriosa.

POR: Vanessa Lampes (Jornalista e Estagiária de Língua Portuguesa).


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